Sabe-se que os colonizadores portugueses, ao introduzirem o gado bovino, para cá trouxeram também a receita do queijo português, que deu origem aos queijos artesanais, o que leva a crer que a técnica portuguesa percorreu o caminho dos currais.
Estudos desenvolvidos por Castro Brown resgatam a evolução da atividade queijeira no Brasil, realçando a importância de Minas Gerais na economia do setor.
De fato, à medida que se dá a expansão da pecuária, a técnica de produção artesanal do queijo é disseminada nas fazendas, especialmente para uso interno. Mas é com o declínio da mineração e a consolidação da atividade pastoril em todo o domínio dos currais – no nordeste e no sudeste, na região sob influência das jazidas localizadas na parte central -, e em particular em Minas Gerais, com a formação da bacia leiteira, já em meados do século XVIII, que surge o queijo artesanal com características hoje identificadas no chamado “Queijo Minas”. O processo, apesar de rudimentar, é adotado em escala capaz de absorver o excedente de produção de leite em regiões de difícil escoamento de gêneros perecíveis, permitindo provisão para os períodos de seca. A atividade queijeira, tal como a de exploração do charque e do couro no Sul, ganha expressão econômica autônoma e passa a substituir atividades decadentes e a competir nas economias regionais com setores de proa.
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